No primeiro mandamento, entre os dez mandamentos de D´us, passados a Moisés no monte Sinai, lemos na Torá:
Então falou D´us todas estas palavras:
"Eu sou o Senhor teu D´ús, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim".
Lendo estre trecho das palavras de D´us que foram esculpidas em fogos nas tábuas da lei, parece que o Senhor, Todo Poderoso, está afirmando a existencia de outros deuses e que proíbe os hebreus (na época do recebimento) de os seguirem. Será que é correto interpretar assim? Será que o D´us Único afirmaria a existencia de outros deuses. Claro que não. No primeiro mandamento está a máxima do judaismo que é o próprio princípio teocrático da religião. D´us É Único, sendo Único, é nosso Criador. Nada vem antes D´ele. Devemos nossa existencia ao D´us todo poderoso. Nada é nosso na criação, tudo é Criado.
Esse é o princípio basico da religião judaica. Tudo provêm desse entendimento, as leis morais, as mitzvot, a Halacha, todos os 613 mandamentos.
A tendência do ser humano é criar símbolos para os sentimentos e emoções pouco compreendidas. Usa-se um coração para simbolizar o amor. Atribui-se a pedaços de papel a representação espiritual de algo sagrado, a própria Bíblia é considerada um objeto sagrado, o que deveria ser seu conteúdo, beija-se a mezuzá reverenciado-se ao objeto e não ao seu conteúdo e simbolismo sagrado. É uma tendencia da mente, substituir pensamentos e sentimentos complexos a objetos. D´us, Nosso Criador, referia-se a isso. Não criar nada que seja intermediário entre o povo escolhido e D´us. Não criar imagens, deuses falsos. Dar a D´us o seu lugar de soberano entre nós significa que não tentaremos sujeita-Lo às nossas idéias preconcebidas de como Ele É ou de como deve fazer as coisas. Devemos descartar a idéia de que só podemos crer N´ele só até onde podemos compreendê-lo. Se fosse assim, D´us seria limitado pela capacidade que temos de compreendê-Lo. A existência de D´us não é um esforço do ser humano para concebê-Lo, e sim é dada pela Sua revelação.
Assim, devemos ter cuidado com o que usamos para entender D´us e Suas energias, as forças da energia de D´us. A Árvore da Vida, se não tomarmos o devido cuidado, acaba sendo um objeto de adoração. Isto é, pela incapacidade da mente humana de apreender as energias de D´us, acabamos direcionando nosso foco para o desenho da Árvore da Vida como uma representação das forças e energias de D´us. Não é isso. É um esquema didático para o entendimento. As energias das dez Sefirot estão todas na Luz de D´us. As energias da Criação Divina é uma só. Dividiu-se em dez para o entendimento das energias fundamentais da Criação e os caminhos de crescimento que a centelha de vida deve seguir. Por exemplo, a Nefesh Elokit e Nefesh Behamit não ocupam um espaço dentro da Sefirá de Chochma, na verdade nem ocupa um espaço. São todas pertencentes à Luz de D´us.
No meu entender, devemos olhar para a Etz Chaim como um esquema representativo de uma inteligênia superior e não a própria representação dessa força. Não divinisemos o que não pode ser D´us. O entendimento das energias superiores da Criação está em percebe-las como energias sutís e não linhas e esferas de um desenho. Reflita sobre o que está sendo dito e seu posicionamento frente à Etz Chaim, entenderá essa explicação e a importancia disso.
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