quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Capítulo 3: A Dinâmica das energias do Fluxo Mental da Árvore da Vida

Nesse capítulo vamos articular todos os conceitos vistos separadamente com relação às Sefirot (recipientes) do Fluxo Mental da Árvore da Vida: Chochmá, Biná e Daat. Será um exercício para criar um único conceito sistêmico de uma parte da Ets Chaim (Árvore da Vida). Foram desenvolvidos os entendimentos sobre o significado de cada Sefirá, a função de cada uma dentro do Fluxo Mental, os significados das letras hebraicas associadas à elas, os elementos astrológicos: os planetas, o elemento água que liga Chochmá e Biná, o primeiro portal da Santidade, a precaução, a expansão de consciência provocada pela meditação e um exercício de auto-hipnose, auxiliadora na meditação.
É importante que acompanhemos o posicionamento das Sefirot e seus caminhos para ficar mais fácil de visualizar nela do raciocínio que vamos desenvolver.   Coloco aqui, nas ilustrações a Árvore da Vida e o Fluxo Mental que estamos estudando.
O Fluxo Mental
O Fluxo Mental é processo de Inspiração, Entendimento e Energização Criativa. Através de Chochmá acessamos uma Inspiração, que pode ter um atributo Divino (Nefesh Elokit), ou um atributo de nosso ego (Nefesh Behamit). Essa inspiração é inconsciente, involuntária e independente. A atividade das energias dessa Sefirá, a Chochmá, é de “pescar”, ou no lago Divino, ou em nosso lago interior, uma centelha de pensamento, de iluminação da mente, de inspiração cognitiva. O planeta Urano caracteriza o funcionamento dessa energia. Urano atribui à Chochmá o sentido do inesperado, do inovador, das mudanças repentinas e radicais. Urano representa as grandes revoluções científicas e sociais, que choca pelo inusitado, pela rebeldia. Sua energia é responsável pelo anticonvencionalismo e anticonformismo. O planeta Urano rege o signo de Aquário. A influência de Urano contesta de forma explosiva o excesso de rigor e disciplina em tudo que toca. A Inspiração tem esse atributo de força magnetizadora de Urano, de inesperado, inovador, repentino, radical, revolucionário, inusitado, rebelde. O vigor de uma pessoa idealista é alimentado pelas energias de Chochmá. É a energia livre do querer mudar, buscar descobertas, encontrar respostas, descobrir coisas novas, criar mentalmente, fazer nascer no pensamento idéias originais e criativas. É a força pensante em nosso ser, é o que alimenta a vontade de aprender, a busca pela cultura, busca pelo saber. Na energia de Chochmá está a centelha Divina da concepção da Criação. A Sefirá de Biná dá o direcionamento para essas energias inspiradoras de Chochmá, dando entendimento para as inspirações criativas na alma. É como uma catraca de entrada selecionando as inspirações desordenadas de Chochmá atribuindo disciplina, estrutura e encaminhamento. O planeta Saturno caracteriza as energias de Biná. Saturno é o senhor do tempo, organizando e dando ordem e seqüência a tudo. Saturno provoca a cobrança da correção e é exigida da forma mais severa e às vezes dolorida e pesada. Através de Biná, Saturno age  disciplinando e exigindo responsabilidades, às vezes, duras e cruéis, mas nos fazem crescer e evoluir. Biná, com as características de Saturno, é como o pai severo que retribui com sabedoria e conquistas duradouras os sacrifícios impostos. As energias que Saturno representa na Sefirá de Biná são de restrição, renúncia, perdas, disciplina rigorosa, ascetismo, reserva, discrição, economia tendendo à mesquinhez, medo, rigidez, persistência, atrasos, obstáculos, paciência e resignação. São necessárias energias fortes de estruturação para organizar as energias vorazes e incontroláveis de Chochmá. Saturno detém Urano em sua impetuosidade. Biná detém Chochmá em sua ferocidade. O planeta Saturno rege o signo de Capricórnio. As inspirações altruístas de Chochmá através da Nefesh Elokit (alma divina) e as inspirações egoístas (ego) através da Nefesh Behamit (alma animal), com os atributos de Urano, são direcionadas, organizadas, disciplinadas pelas energias estruturadoras de Biná, com os atributos de Saturno. O caminho padrão da Árvore da Vida é Keter, Chochmá e Biná. Keter (Coroa) representa o Ein Sof, a energia Divina. Porém existem dois caminhos de Keter: o caminho de Keter para Chochmá, e o segundo caminho de Keter para Biná. Respectivamente, a luz Divina para a Inspiração e a luz Divina para o Entendimento. A luz Divina direcionada para Chochmá é denominada Consciência Deslumbrante e a luz Divina direcionada para Biná é a Consciência Brilhante. No livro Yetzirah, atribuído a Abraão, o patriarca do povo judeu, Estão mencionados este dois caminhos, os quais são definidos como o décimo primeiro e décimo segundo caminho, como caminhos após as dez Sefirót:
“O undécimo caminho é o da Consciência Deslumbrante (Sekhel MeTzuchtzach). Chama-se assim porque é a essência do Véu que está ordenado na disposição do sistema. Indica a relação dos caminhos que um pode permanecer diante da Causa das Causas.”
“O décimo segundo caminho é o da Consciência Brilhante (Sekhel Bahir). Chama-se assim porque é a essência da Ophan, roda da grandeza. É chamado o Visualizador (Chazchazit), o lugar que faz sair a visão que os videntes percebem em uma aparição”.  Esse caminho mostra o estado de consciência livre das aparências do mundo dos fenômenos, do gozo do ser absorvido na contemplação espiritual, discernindo a realidade da ilusão, o estado da harmonização com a Consciência Universal.
A terceira Sefirá que compõe o fluxo Mental, o primeiro fluxo da Árvore da Vida, é Daat. Através de Daat é feita a ligação ente Chochmá e Biná, agindo como um fiel de balança, atribuindo um desequilíbrio pata Chochmá ou para Biná, ou o equilíbrio entre as duas Sefirót, além disso conectando o Fluxo Mental aos Fluxos Emocionais. O planeta que caracteriza as energias de Daat é Plutão, regente do signo de Escorpião. Pltão domina os setores da vida mais misteriosos e incontroláveis, que incluem a morte e o sexo. Plutão caracteriza as energias da transcendência, transformação radical (diferente de Urano, Plutão provoca a morte de algo para renascer diferente, Urano provoca a mudança). Com o planeta Plutão ascendemos espiritualmente, mas também chegamos às profundezas da degradação. Com Plutão, tudo ocorre no subterrâneo, todas as manifestações de poder autoritário, manipulador e controlador, o sadismo, o masoquismo, as perversões, o abuso de poder são suas manifestações que podem ser transformador e renovador, ou perverso e cruel. A característica que o planeta característica é o desejo de estar no controle.  É uma energia controladora e forte, existente para desempenhar a função de unir o Fluxo Mental aos Fluxos Emocionais. Uma força impulsionadora, integradora e energizante. As teorias filosóficas de Kant e de Piaget encontram nesse ponto um abismo de entendimento. Em Kant, ele não desenvolve o entendimento de como a intuição pura se liga às categorias apriorísticas do entendimento, e escreve em seu livro, A Crítica da Razão Pura, “é uma atribuição que ficará guardada na impenetrável alma humana.” Em Piaget, na Epistemologia Genética, desenvolve a idéia das invariantes funcionais de assimilação, acomodação e adaptação para a criação de conceitos e modificação dos esquemas mentais, mas também não desenvolve o mecanismo como a adaptação modifica os esquemas mentais. A Sefirá de Daat explica esses processos.  É necessário energias caracterizadas pelos atributos associados a Plutão, para que o mundo mental se ligue ao mundo emocional para “dar vida” às inspirações estruturadas do mundo mental. Nesse ponto a sabedoria é criada, depois que o pensamento se una às emoções.

Em Luzzatto, op. cit., encontramos a essência do homem e que explica o uso da Nefesh Elokit e a Nefesh Behamit: Os homens "são como as estrelas do céu, podendo se elevar às alturas, e como as areias da terra, descendo a grandes profundidades. Na verdade, A Sabedoria Divina decretou a verdadeira essência do homem como nobre e exaltada, mas Ele primeiro a rebaixou, de modo que o mal pudesse dominá-la. Quando o homem se rebaixa, ele é a mais baixa de todas as criaturas, mas quando ele alcança a perfeição e completude, ele retorna ao seu estado preliminar e verdadeiro, e eleva-se acima de tudo, ascendendo a um nível não alcançável por nenhuma outra criatura." Direcionar as inspirações da Chochmá, pode nos levar ao mais alto grau de espiritualidade, como ao mais baixo dos mundos.

Vamos agora aplicar os conceitos estudados até aqui ao modelo de Edgar Morin, o pensamento complexo, para poder integrar todos os conceitos num único sistema de compreensão. A idéia é usar os princípios de sua metodologia para ter um olhar mais amplo sobre essa primeira parte de estudo sobra a Árvore da Vida, Faremos isso em cada Fluxo da Árvore e depois de terminado, na dinâmica do sistema como um todo. Antes, vamos recordar o modelo de Edgar Morin.

Morin construiu um edifício sólido de uma nova estrutura de pensar nesse novo tempo de incertezas, globalizações, internalizações e reflexo do ser humano em toda essa mudança econômica e social mundial, além dos efeitos no ser humano, os quais não progrediram na mesma velocidade de suas ambições com os acontecimentos. Estou utilizando o Método, por ele escrito. Obra iniciada no começo da década de 80. São cinco volumes tratando de cada face da vida e a necessidade do homem mudar a forma de pensar e a visão do que é o mundo nesse século.
Escolhi a obra de Morin para traçar um paralelo epistemológico do que estou encontrando na pesquisa da Cabala, cuja origem e desenvolvimento têm milhares de anos. O estudo de Morin são fragmentos abordados pela Cabala (não desmerecendo de forma alguma o colossal edifício construído por Morin, que mesmo sendo judeu não sei sobre seu conhecimento da Cabala). A Árvore da Vida (Ets Chaim) reúne os fundamentos da Cabala, talvez seja a parte prática e mística mais próxima do que o leigo possa assimilar da Cabala, mesmo tendo que se mergulhar nos fundamentos da mística judaica. A Árvore da Vida mostra-se como uma cadeia de DNA e os cromossomos em nossas células. Existe uma Árvore em cada Sefirá, e dentro de cada Sefirá, uma Árvore da Vida refletindo a energia cósmica divina da Criação, outras Árvores, como se fossem dois espelhos colocados frente a frente. A imagem do infinito. Talvez seja a única forma de nossa mente perceber a noção do infinito. Vendo refletido no espelho físico a lei da ótica de reflexão. Por enquanto, não tenho a capacidade de visualizar o infinito, mas tenho uma concepção. O infinito se faz pela alimentação-retro-alimentação, como num reflexo, causando um contínuo da natureza superior. Nada pode ter fim, se existir uma força re-alimentadora de sua existência, mesmo em nossa noção limitada de tempo e espaço.
A construção cabalística da Árvore da Vida (Árvore das Vidas) obedece aos princípios do pensamento complexo proposto por Edgar Morin. A constituição do sistema cabalístico de autoconhecimento/mudança e o mecanismo das energias cósmicas no ser humano podem ser entendidos pelo funcionamento, sem se referir ao conteúdo místico/filosófico, como sendo um sistema que adota a inteligência complexa. Os princípios do pensamento complexo: 1) sistêmico; 2) hologrâmico; 3) retroativo; 4) recursivo; 5) auto-ecoorganizador; 6) dialógico e 7) reconstrutivo. Seguindo esses princípios, encontramos na construção da Árvore da vida, respectivamente aos princípios apresentados: 1) liga o conhecimento das partes ao todo, sendo que a organização de um todo produz qualidades ou propriedades novas (a confrontação entre as sefirot faz surgir qualidades diferentes às existentes em cada sefirá isoladamente); 2) a abordagem de que as partes constituem o todo e o todo está contido nas partes, sendo necessário o conhecimento isolado das partes e do todo (cada sefirá contém uma Árvore idêntica ao organismo global) ; 3) a análise da retroação entre sefirot de um mesmo nível espiritual mostra a existência auto-reguladoradora do nível de consciência, inclusive com instrumentos reguladores próprios (sefirot equilibradoras do fluxo energético); 4) os processos recursivos pela ação das sefirot, provocam a auto-produção e auto-organização dos níveis de consciência pessoal; 5) A autonomia dos processos psíquicos dos níveis de consciência são autônomos / dependentes dos estados energéticos das sefirot, realizando –se a auto-produção, porém dependente do nível de consciência e dos estados energéticos das sefirot envolvidas; 6) A dialógica é o processo pelo qual ocorre a mudança interna, provocando desordem à partir da ordem e através da auto-regulação, produzindo a auto-organização da consciência comum em busca da primordial; 7) finalmente, como último princípio de um conhecimento complexo, a Árvore da Vida não é estática como a astrologia dos nossos dias. O zodíaco é estático. As posições planetárias são fixas não variando ao longo da vida, tornando-se um sistema engessado (mesmo com todos os recursos de progressões secundárias, trânsitos, sinastrias, revolução solar, etc). A Etz Chaim é dinâmica, em constante reconstrução e tradução, acompanhando o desenvolvimento da consciência comum em busca da primordial. Queremos com esse paralelo mostrar o caráter da inteligência complexa inserida no modelo da Árvore da Vida. Edgar Morin escreve: “Nossa lucidez depende da complexidade do modo de organização de nossas idéias”.

Os princípios da complexidade para a modelagem do Fluxo Mental nesse sistema: 1) sistêmico: liga o conhecimento das partes ao todo, sendo que a organização de um todo produz qualidades ou propriedades novas (a confrontação entre as sefirot faz surgir qualidades diferentes às existentes em cada sefirá isoladamente); 2) hologrâmico: a abordagem de que as partes constituem o todo e o todo está contido nas partes, sendo necessário o conhecimento isolado das partes e do todo (cada sefirá contém uma Árvore idêntica ao organismo global); 3) retroativo: a análise da retroação entre as Sefirót de um mesmo nível espiritual mostra a existência auto-reguladoradora do nível de consciência, inclusive com instrumentos reguladores próprios (as Sefirót equilibradoras do fluxo energético); 4) recursivo: os processos recursivos pela ação das sefirot, provocam a auto-produção e auto-organização dos níveis de consciência pessoal; 5) auto-ecoorganizador: a autonomia dos processos psíquicos dos níveis de consciência são autônomos / dependentes dos estados energéticos das sefirot, realizando-se a auto-produção, porém dependente do nível de consciência e dos estados energéticos das sefirot envolvidas;; 6) dialógico: a dialógica é o processo pelo qual ocorre a mudança interna, provocando desordem à partir da ordem e através da auto-regulação, produzindo a auto-organização da consciência comum em busca da primordial; e 7) reconstrutivo: finalmente, como último princípio de um conhecimento complexo, a Árvore da Vida não é estática como a astrologia dos nossos dias.

Analisando o Fluxo Mental através dos Princípios da Complexidade

O modelo sistêmico da Árvore da Vida é uma metodologia mística e didática para entender as forças de D´us. As energias descritas na Árvore da vida não são isoladas como no esquema apresentado do sistema. As energias são uma só, a Luz de D´us, que age em todos nós desde o nascimento até a morte e depois como almas a voltarem ao Tikun (reparo, conserto). Assim, em cada Sefirá contém outas Árvores da Vida, formando um sistema amplo, abrangente e totalmente integrado entre suas partes. Por isso os caminhos entre as Sefirót, todas as energias estão ligadas, funcionando simultaneamente e nem sempre na ordem em que explicado na Árvore da Vida. É uma complexidade de mecanismos e movimentos, entre o Mental, Emocional e Espiritial.
O entendimento hologrâmico da Árvore da vida é de que, sendo uma única luz, cada uma das energias contém a Luz divina da Criação, como na Luz estão todas as energias didaticamente isoladas, além do que, na Árvore da vida, e em especial o nosso foco agora, o Fluxo Mental, em casa Sefirá está o Fluxo Mental como um todo, assim como o Fluxo Mental está constituído pelas sefirót que o compõe.
O princípio retroativo é o abandono do princípio de causa e efeito linear. A causa age sobre o efeito e o efeito age sobre a causa, desenvolvendo um processo de autoregulação própria entre as energias das Sefirót. Homoestia é o nome que se dá a esse processo autoregulador. As energias de Chochmá “pescam” através das Neshamot (almas),  a inspiração, que livre e independente é canalizada pela Sefirá de Biná. Esse processo não é linear, mas circular, como se a inspiração fosse que ir se modificando até que a Biná a aceite. É um processo de ida e volta entre Chochmá e Biná para que a inspiração se transforme num pensamento. As Sefirót são energias retroativas que se auto-regulam através de um processo de adaptação da inspiração provocada pela Chochmá. É um processo dinâmico e não linear e dependente do livre arbítrio de cada um.  Daat é a Sefirá que comanda esse movimento retroativo entre Chochmá e Biná, dando em um momento foco em uma e em outro momento foco em outra Sefirá, até que o equilíbrio se instale e o Fluxo Mental se estabeleça. Ao mesmo tempo em que o dinamismo de adaptação da Inspiração está acontecendo, ocorre a ligação do Fluxo Mental ao Fluxo Emocional, e é por isso que somos bombardeados a todo momento pelas mudanças que a Inspiração está sendo submetida. A auto-regulação do Fluxo Mental envolve todo nosso ser, a mente e as emoções enquanto a Inspiração vai sendo adaptada ao nosso ser.
O princípio recursivo se refere a processos de autoprodução e auto-organização interna do sistema. É umm circuito gerador em que osprodutos e efeitos são, eles mesmos, produtores e causadores daquilo que os produz. Assim, com a recursividade entre Chochmá, Biná e Daat, para a autoregulação das Inspirações causadoras do início do processo, a recursividade provoca a aoutoprodução e auto-organização do sistema do Fluxo Mental para a geração de uma Inspiração que provoque o entendimento e criação da sabedoria em Daat.
O princípio de autonomia e independência analisa o fluxo energias, informações e organização para a auto-produção. A autonomia é inseparável dessa dependência, isto é, as Sefirót mantêm a autonomia de funcionamento particular, mas ao mesmo tempo só são autônomos por provocar a dependência entre as energias geradoras do sistema para produzir o efeito final de geração da sabedoria. Não existe a dependência sem a autonomia e não existe a autonomia sem a dependência, são alimentadores das próprias atividades. A autonomia e a dependência criam um estado de auto-ecoorganização sistêmica do processo Mental.
O princípio dialógico constitui-se em interretroações produzindo a organização entre os elementos do sistema numa desordem / ordem / organização. É como o balançar de um balde cheio de cubos. Os cubos só vão se encaixar uns aos outros, ocupando os espaços específicos de organização, com o chacoalhar do balde.  Processos de desorganização interna afetam todas as energias para trabalharem num objetivo único até encontrar o equilíbrio do sistema. Assim, a Chochmá gera uma Inspiração provocada pela Nefesh Behamit, uma inspiração voltada para o ego, egoísta. A Biná irá permitir a existência dessa inspiração se alcançar um entendimento direcionado para um objetivo, Daat irá equilibrar as energias de Chochmá e Biná para fazer essa inspiração, que agora é um entendimento, para gerar uma sabedoria, porém, no momento em que Daat fizer a ligação do Fluxo Mental ao Fluxo das Emoções, essa sabedoria era provocar danos ao organismo, pois é uma sabedoria maléfica ao sistema da alma. Nessa desorganização gerada pela última etapa, se a pessoa está num trabalho contínuo de elevação espiritual, essa sabedoria criada vai sofrer mudança. O processo retorna ao princípio para anular essa energia gerada e provocar uma energia benéfica para a alma. O processo para alcançar o equilíbrio e tranqüilidade se dá através dessa dialógica.
Enfim, o princípio da reintrodução do conhecimento, em que todo conhecimento é uma reconstrução e tradução. É o aprendizado com o processo dialógico do princípio anterior. Todas as Sefirót, pelo princípio hologrâmico, guardam as experiências da desordem provocada pela dialógica e desenvolvem uma memória em que é guardada a sabedoria do processo de escolher as Inspirações de ordem benéficas. Se estamos num trabalho contínuo de elevação espiritual a reintrodução do conhecimento memorizado é automático e ágil.

5 comentários:

  1. Esta foi a minha última postagem falando sobre a Árvore da Vida na Cabalah. A cada semana tentarei escrevei a continuação desse tema. O assunto é vasta e tem inumeras ramificações, principalmente para a filosofia. Tenho um outro blog que escrevo somente sobre filosofia e tem as explicações das ramificações que encontrei na Cabalah. Lá discuto Husserl, Heidegger, Levinas. Outros filósofos que estarei estudando nesse site são, Kant, Nietzsche, Hegel, e tantos quantos eu encontrar sentido para o entendimento da Caballah.

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  2. a URL para acessar o site de filosofia é: ggerstler.blogspot.com

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  3. Enriquecedor, maravilhoso. Parabéns

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  4. Enriquecedor, maravilhoso. Parabéns

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