terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Capítulo 2 - D : A Sefirá de Daat

Sefira de Daat
Alguns assuntos para relembrar: no capítulo anterior desenvolvemos o conceito da Sefirá de Biná, a energia de entendimento dentro do fluxo do pensamento. Nessas duas Sefirót representam as energias da inspiração e entendimento no homem. Foi explicado o significado da letra hebraica Aleph, que “inspira” o entendimento da Nefesh Elokit e Nefesh Behamit na Sefirá de Chochmá e é na energia de Biná que esse entendimento é gerado.O “caminho” entre Chochmá e Biná é caracterizado pela letra hebraica Shin, que será explicado no início desse capítulo. Esse caminho é equilibrado pela energia representada pela Sefirá de Daat. Nesse capítulo além dos conceitos que envolvem a Sefirá de Daat, começaremos a analisar os caminhos entre as Sefirot, os planetas que fornecem o “pano de fundo” para as energias da Sefirá, e que na astrologia cabalística serve para entender as necessidades mais profundas, as necessidades da alma. Outro assunto a começar ser estudado nesse capítulo é sobre a maneira como as mudanças podem começar a ser realizadas em nossa natureza. Isso será feito analisando a obra de Moshé Chaim Luzzatto em seu livro O Caminho dos Justos, nascido na Itália em 1707. Luzzatto escreveu sobre dez portais que levam à santidade, e esses portais, que na verdade são atitudes perante a vida, serão estudados paralelamente a cada fluxo energético representado pela Árvore da Vida, para que se comece a estabelecer um dinamismo para as mudanças internas.
Assim, a partir da Sefirá de Daat neste capítulo, que completa o Fluxo Mental, temos um processo de análise para estabelecer o conhecimento para o processo de entendimento interno: 1) o conceito e energias envolvidos na Sefirá, 2) o caminho estabelecido pelas Sefirot, representados pelas letras hebraicas e seus significados, 3) as meditações para a acomodação do significado das energias cósmicas em nosso pensar, 4) os planetas que caracterizam cada Sefirá, e com isso, a essência das energias de cada Sefirá, e 5) o portal da santidade de Luzzatto, que é o nosso posicionamento perante a vida, para alcançar os níveis ideais das energias de cada Fluxo Energético. Com esses cinco processos de entendimento, estabeleceremos os princípios elaborados por Edgar Morin, para criar o pensamento complexo que associa todos esses elementos num entendimento sistêmico, que dará ao entendimento das energias uma dinâmica para os processos internos de reflexão, entendimento e criação de uma mentalidade mística. A mentalidade mística é um estado de entendimento que nos leva a níveis elevados de consciência para conexão com o Ein Sof e nossa natureza humana. Com esse capítulo, começamos a desenvolver a nossa consciência mística para estudarmos e dissecarmos a nossa própria alma.
1.        1.  O Conceito da Sefirá de Daat
Daat é a energia que faz criar a sabedoria. Biologicamente, no corpo humano, o cérebro, e mais especificamente, no córtex cerebral, é onde se acumulam as memórias. Tudo que vivemos, pensamos e sentimos fica acumulado nessa região do cérebro. E na alma? Depois que morremos, onde fica acumulado o que vivemos? É a energia de Daat que agrega tudo o que processamos. Com a inspiração em Chochmá e o direcionamento em Biná, em Daat a sabedoria é processada, guardada, armazenada, e gerada Assim, No primeiro fluxo energético representado na Árvore da Vida, o Fluxo Mental, é gerado a sabedoria e a nossa “propensão”. A propensão é o ato de atribuir atitudes ao nosso saber. Duas pessoas podem chegar a gerar uma mesma sabedoria e proporem-se a agir de forma diferente em relação a ela. É a propensão de cada um, agir positivamente ou negativamente. É a energia que acumula o livre arbítrio. Porém, a propensão depende das emoções pessoais. Logo, a Sefirá de Daat, que representa a energia do saber, tem duas funções: a) criar o equilíbrio entre a inspiração e o entendimento, b) ligar o fluxo mental aos fluxos emocionais. Daat contém duas partes distintas, O Daat Tachton, que cria a ligação entre a Mente e a Emoção, e Daat Elyon, que une as energias de Chochmá e Biná. Daat cria a sabedoria e a armazena. Quando jovem, era comum acontecer de eu pegar o carro, fazer mentalmente o trajeto e sair. Não raro, me distraia com algum pensamento e mergulhava nele. Muitas vezes chegava ao lugar onde queria, sem lembrar como cheguei lá. Isso já deve ter acontecido com vc. Nesse momento de “ausência” a ligação entre Chochmá e Biná se desfez, e o Daat Elyon a restabeleceu. Quem dirigiu o carro? Foram as energias retiradas do Ein Sof, a mente pensante interna se incumbiu de levar o carro pelo trajeto pensado. O Daat Elyon é superior tanto à Chochmá quanto à Biná. Daat é uma aptidão que flui da alma, e as capacidades da alma incluem o potencial intelectual. Ambos, inspiração e entendimento são expressos através dos processos da Mente, e isso é importante entender para quando formos analisar os pensamentos de Kant e Piaget, para encontrar na filosofia e psicologia as explicações do funcionamento da mente. Em Kant, a Razão Pura, o processo à priori de criação do conhecimento, e em Piaget, nas invariáveis funcionais, assimilação, acomodação e criação de novos esquemas mentais. A outra parte de Daat é a parte inferior da energia, A Daat Tachton. Essa energia faz com que a ligação Chochmá-Biná estabeleça uma ligação ampliada com a Emoção. É o que faz a sabedoria fluir. É o que foi escrito sobre Inteligência Emocional. Nessa ligação com os fluxos emocionais, a sabedoria criada toma espaços expandidos de expressão. È como colocar uma massa de bolo de uma forma redonda e alta numa forma estreita e larga. A sabedoria criada se expande espacialmente pelas emoções que são interiorizadas ou exteriorizadas. Podemos dizer que a sabedoria toma forma e expressão através de um fluxo emocional. Se a Daat Elyon e a Daat Tachton estão em equilíbrio e ativas, a nossa consciência tem a capacidade de expandir.  Com essa compreensão é mais fácil fazer a meditação de expansão da consciência descrita no capítulo de Chochmá. Expandir a consciência, criando vínculos espaciais cada vez mais amplos e abrangentes, criando espaço para o recebimento das energias de inspiração. Uma seqüência dessa meditação é a associação dessa expansão com as emoções. Isso canaliza o processo de expansão, dando forma e direcionamento para a consciência em direção à consciência primordial, o Ein Sof, sem precisar que Chochmá e Biná se desliguem, para criar essa conexão.  É o direcionamento de nossa consciência em direção ao infinito da sabedoria de D´us. O caminho para expandir a consciência, ampliar a noção de espaço emocional, amplitude do alcance de nosso conhecer para saber, é materializar o pensamento. Seja pelo caminho que for, o que temos mais afinidade, a pintura, a escrita, a criação musical, a poesia, seja qual for o meio de expressão, se a utilizarmos para materializar os nossos pensamentos, unindo o processo mental às emoções, estamos abrangendo um espaço maior de nossa consciência. Dessa forma, vc pode criar as suas próprias meditações, as suas própria maneiras de expandir a consciência e sentir a consciência primordial de D´us penetrar em si mesmo. O Tanya, obra da cultura judaica, iniciada pelo Rabi Shneur Zalman de Liadi, o primeiro rebe de Lubavitch, diz que o verbo em hebraico “conhecer” é também, um eufemismo para a união sexual. A união entre um homem e a mulher é um dos atos mais profundos na Criação, é uma união de duas pessoas em uma só. Quando a Bíblia (Torá) fala da união de Adão e Eva, a frase utilizada é: “...e Adão conheceu Eva”. O se apoderar de uma sabedoria é quando a direcionamos através das emoções. Todo “conhecimento” é um estado de intimidade. Na intimidade entre um homem e uma mulher sentimo-nos mais próximos um do outro. Quando vc conhece profundamente algo, esse algo acaba fazendo parte de você, e vc faz parte dele. É o que sentimos na intimidade com alguém, nos sentimos fazer parte dessa pessoa. Na intimidade com alguém, um se sente dentro do outro, e assim no conhecimento, nos sentimos mergulhados no conhecimento e sentimos o conhecimento dentro de nós. A sabedoria está criada. O Rabi Shneur Zalman chama isso de “prodigiosa união”,  incomparável a qualquer outra experiência. Essa é uma experiência mística, o estado místico da perda da identidade como “distintivo” de “eu”, fundindo-se com o estado experimental do divino em nós mesmos. Como em Daat a experiência de criar e direcionar o conhecimento para uma percepção mais profunda, o Tanya diz que quanto mais profunda a percepção, mais profundo o sentimento concomitante. Assim, a expansão da consciência, da percepção, também é uma expansão da percepção de nossos sentimentos e emoções. È uma expansão para o exterior, acompanhada de uma expansão para o interior.  Esse processo é o caminho para a crença incondicional.  A colocação do Tefilin (filactérios mencionado na Torá, como mandamento diário), é o ato de lembrar-se diariamente das energias de Daat. O Tefilin, que é uma palavra hebraica no plural, está composto por dois artefatos, um colocado na cabeça, representando a mente, o outro no braço esquerdo junto ao coração, representando a emoção. O Tefilin une a mente ao coração. O Tefilin da cabeça a envolve como uma coroa e tem duas tiras de couro saindo ao longo do corpo. O Tefilin que representa e energia emocional é colocada no braço direito junto ao coração, e o trançar das tiras de couro, faz o Shin se formar no bíceps, que é a força, os sete dias da semana que são as voltas com a tira de couro no ante braço e a palavra Shadai, nome de D´us, sendo formada na mão. É a força da energia das emoções ao longo dos sete dias da semana (excluindo a colocação no sábado), alcançando D´us através das nossas atitudes, na mão. Assim, Daat, e em especial o Daat Elyon, é expresso pela colocação do Tefilin (derivada da palavra Tefilá, que significa oração). 
O 2.  Caminho entre Chochmá e Daat – A letra hebraica Shin
  O valor numérico de Shin é 300. É três vezes a letra Kuph de valor 100, que representa a santidade. Tem como significados, o elemento fogo da natureza, paz e completude (shalom), suficiência e mudança (shadai), alegria (shimcha, com som de “c”). A vivência de Shin é o vivenciar o shalom (paz), mesmo em meio à mudança. Exercitar a satisfação, preencher-se com o que basta. Cultivar a alegria. A sombra, ou o lado escuro, é o consumir ou ser consumido pelas shamas da raiva, da cobiça, do ciúme, dos sentimentos negativos. A reflexão em Shin nos leva a elevar o grau de alegria que experimentamos na vida. Na colocação do Tefilin, escrevemos com as tiras de couro a letra Shin e o nome de D´us Shadai.
O Shin é a letra Esh, “fogo”. O Sefer Yetzirá, O lIvro da Criação escrito por Abraão, descreve o Shin como uma das “três letras-mães” do abecedário hebraico (ou Aleph Beit). As outras letras-mães são o Aleph para formar a palavra esh, assim como o fogo se combina com o ar para queimar. Aleph é o elemento ar. As extremidades dos três braços erguidos do Shin são as chamas do fogo santo, e o som do Shin é o crepitar de uma chama. A palavra Shemesh, “sol”, começa e termina com Shin. O Shin inicia também sh´viv, “centelha”, shalhevet, “chama” e sharav, “calor”. O Shin inicia a palavra Shalom, que é um dos 72 nomes de D´us, comunica vários significados, e entre eles paz, completude, plenitude, consumação, força, segurança, saúde, pureza, integridade e perfeição.
Um outro nome de Dús, é shadai, que começa com Shin, vindo das raízes Shad, “mama” e Daí, “suficiente”. O leite das mamas das ovelhas e cabras era a própria subsistência davida dos hebreus nômades. Shadai, como nome de D´us, representa, portanto, uma força vivificante feminina antiga e primal. D´us é a fonte de alimento cuja suficiência permeia e nutre toda a vida.
O Shin e a palavra Shana, “ano”, derivam ambos da raiz hebraica Shina, “mudança”. O ano pode ser descrito como um processo contínuo de mudança e o Shin é seu símbolo. O ano é um período de mudanças na natureza, e esse período é repetido continuamente. Pontuando o ano, a cada sete dias, há um Shabat. O Shabat (sábado, dia sagrado para o descanso), é o dia resrevado, em meio à mudança, para se experimentar e comemorar a suficiência. No Shabat acolhemos em nossa vida a Shechina, a rainha do Shabat, o aspecto feminino de D´us. Infundindo sua energia poderosa nas palavras Shalom, Shadai, shabat e Sechina, o Shin inicia também a mais feliz das palavras hebraicas: Shimcha, “alegria”.
O Shin representa o caminho de Chochmá para Biná, a inspiração em direção ao entendimento. Então esse caminho para ser vivido da maneira mais integral e completa, deve ser sentido com o significado de Shin, com força, alegria e completitude. Com essas energias vitais a conexão entre inspiração e entendimento se dá da forma mais completa, e o mais importante, criando a propensão para o bem. O Shin pode ser “lido” como a junção de um Vav (valor 6), e dois Zain (valor 7), cuja soma é 20, resultando no numero 2, que é a letra Beith (valor dois). A letra Beith representa a Sefirá de Biná. Assim, o Shin transforma o Aleph de Chocmá em Beith de Biná.
Na continuação desse capítulo abordaremos os três próximos itens de análise de Daat.

2 comentários:

  1. Eu JOSÉ BONIFÁCIO SANTOS, nascido numa conceituada família de doutores e mestres do conhecimento: único MÚLTIPLO CIENTISTA ENERGÉTICO desse planeta, doutor em: ALQUIMIA-ELEMENTAR-AVANÇADA, GEOFÍSICA-AVANÇADA, ASTROFÍSICA-AVANÇADA, FÍSICA-QUÂNTICA-AVANÇADA, FILOSOFIA-AVANÇADA e VERDADEIRO-CRIACIONISMO-ENERGÉTICO-INFINITO:





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    Que a humanidade já vivia há muito tempo atrás sem saber a 3° ERA PREDOMINANTE DO ELEMENTO ÁGUA, e que se encontra atualmente sem preparo algum já TRANSITANDO: para a 4° ERA.





    Abaixo, SEIS provas inequívocas e incontestáveis, que comprovam estarmos vivendo há muito tempo atrás sem que ninguém até antes de mim soubesse: a 3° ERA PREDOMINANTE DO ELEMENTO ÁGUA:





    1° PROVA:

    Predominância Atômica-Molecular-Maior De Nossos Corpos: ÁGUA.





    2° PROVA:

    Predominância Maior De Cobertura De Superfície Do Nosso Planeta: ÁGUA.





    3° PROVA:

    ÁGUA, Molécula Formada Por 2 ÁTOMOS De HIDROGÊNIO + 1 ÁTOMO De OXIGÊNIO “H²O”, 2+1=3, que corresponde justamente a 3° ERA PREDOMINANTE DO ELEMENTO ÁGUA: que ainda vivemos.





    4° PROVA:

    ÁGUA, ELEMENTO normalmente encontrado em 3 estados físicos: ESTADO LÍQUIDO, ESTADO GASOSO e ESTADO SÓLIDO. 3, correspondente a 3° ERA PREDOMINANTE DO ELEMENTO ÁGUA: que ainda vivemos.





    5° PROVA:

    Nosso Planeta-H... “H” de habitável que chamam equivocadamente de TERRA: encontra-se justamente na 3° posição orbital em relação ao SOL, comprovando que ainda vivemos: a 3° ERA PREDOMINANTE DO ELEMENTO ÁGUA.





    6° PROVA:

    O fato de ainda estarmos vivendo em um mundo TRIDIMENSIONAL em TERCEIRA DIMENSÃO, que corresponde também a 3° ERA PREDOMINANTE DO ELEMENTO ÁGUA: que ainda vivemos.





    Importante acompanhar passo a passo todas as demais DESCOBERTAS CIENTÍFICAS que já fiz e farei, para que teu país e teu povo, estejam devidamente preparados, para enfrentar a turbulenta TRANSIÇÃO DE PREDOMINÂNCIA ELEMENTAR: que já estamos vivendo.





    O que explica verdadeiramente também: o perceptível AQUECIMENTO GLOBAL.





    Para saber toda verdade sobre:





    ERAS DE PREDOMINÂNCIAS ELEMENTARES:

    TRANSIÇÕES DAS MESMAS:

    A VERDADEIRA CAUSA DO AQUECIMENTO GLOBAL:

    O VERDADEIRO FORMATO DO QUE CHAMAM DE UNIVERSO:

    O VERDADEIRO FORMATO DE NOSSA GALÁXIA VIA-LÁCTEA:

    O VERDADEIRO FORMATO DE NOSSO SISTEMA SOLAR:

    O VERDADEIRO FORMATO DO MODELO ATÔMICO:

    O QUE É BURACO NEGRO:

    O QUE É BURACO DE MINHOCA:

    O QUE É A ÁRVORE DA VIDA:

    O QUE É A ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL:

    QUEM VERDADEIRAMENTE SOMOS NÓS:

    E QUEM VERDADEIRAMENTE TUDO CRIOU:





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